Conheci hoje um novo blog, escrito por um juiz: http://www.judexquovadis.blogspot.com/
Excelente!
Vejam abaixo uma das postagens que mais gostei.
Juiz só é juiz por que se submeteu a um rigoroso concurso público. E bota rigoroso nisto.
Para ser juiz não tem jeitinho brasileiro (tem o tal do quinto constitucional, mas este é outro assunto).
Juiz é transparente, põe o dele na reta, dá a cara para bater.
Juiz sempre desagrada metade do público – a metade perdedora das causas.
(Daí que as estatísticas... mas este também é outro assunto.)
Juiz tem que aguentar toda sorte de pressão; pressao do poder, da grana e da própria consciência.
Tem que saber todas as regras do jogo.
Juiz tem que ser sociólogo, psicólogo, antropólogo, cientista e conselheiro.
Tem que ser pai, filho, companheiro.
Juiz, demasiadamente humano, tem que levar vida de santo.
Tem que dirigir, no palco do dia a dia, os dramas da vida humana.
Juiz é juiz vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.
Juiz é juiz no fórum, na rua, na praia, no bar.
Juiz tem pouco tempo para si.
Talvez por isso apanhe, cansado, calado. Para isto deveriam existir as entidades associativas.
Mas, às vezes, o juiz, quando é alçado à cúpula dos tribunais e das associações, esquece que já foi juiz.
Rev. Albuquerque