sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pedofilia - debate psiquiatria e MP


No dia 21 de abril de 2009, na GNT, o programa presidido por Marília Gabriela tratou de crimes incestuosos e pedofilia.

O debate ocorreu entre o Psiquiatra/Psicanalista Cláudio Cohen e o Promotor de Justiça José Reinaldo Carneiro (MP/SP). Seguem comentários:

Para o Dr. Claúdio Cohen 70% dos pedófilos foram abusados quando crianças e muitas vezes os próprios pais não percebem que estão desenvolvendo a erotização da criança, nos casos, p. ex. de dar banho na criança até os 10 anos, ou de amamentar até os 5/6 anos, o que pode gerar um início de comportamento incestuoso.


Para ele, as famílias incestuosas têm dificuldades em impor limites na própria relação familiar, como por exemplo, de proibir que os membros da família andem nus ou com pouca vestimenta em frente aos demais.


O Brasil por si só tem uma cultura erotizada, onde principalmente as meninas aprendem muito cedo como se "expor".

Para o Promotor José Reinaldo Carneiro, existe pedofilia em todas as classes, mas, que a maior incidência são nas classes baixas como todos os outros crimes em geral, ou seja, não se pode ter isso como uma característica.


Para ele, a CPI da Pedofilia foi produtiva pois alavancou um debate sobre a alteração do ECA. Ainda que a lei tenha avançado desde os tempos de Tiradentes, ainda há necessidade de modificação no Código Penal para que os crimes sexuais passem a ser considerados de ação pública incondicionada.


Conclusões finais de ambos: 1) é necessária a junção da justiça com a saúde para resolver a questão da pedofilia;2) o aborto humanitário vai além da questão jurídica, ele passa a ser uma questão de saúde pública.

Texto de Jakeline Karla Camillo, Assistente de Promotoria em SC