quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PEC da alegria (ou tristeza?)


No Brasil dão um jeito para nomear até mesmo quem não conseguiu votos suficientes. Eita trem da alegria! Agora foi a vez dos vereadores.


A PEC que modifica o tamanho do inchaço das câmaras de vereadores muito provavelmente não terá sua inconstitucionalidade declarada. Aliás, mesmo assim, se o STF algum dia vier a declarar a inconstitucionalidade, quem sabe daqui a algumas décadas, dá-se um novo jeitinho. Dá-se um jeito, como agora se está dando com a reforma de 2004, que tinha colocado tudo nos eixos. Mas não vamos nos estressar.


Em tempos de urnas eletrônicas, de internet, de telefonia celular, pergunto: por que não discutir questões importantes como esta em plebiscitos? Por quê? Não é tão caro assim. Caro é a falta de democracia, caro é alijar o cidadão de seu direito de opinião, caro é negar que "todo poder emana do povo", como diz a própria Constituição. E mais, podia ser plebiscito facultativo, com a seguinte pergunta: o número de vereadores deve ser aumentado?


Podíamos aproveitar o plebiscito para outros temas importantes, que refletirão no bolso e no futuro dos brasileiros: a copa do mundo deve ser no Brasil? Essa seria uma boa pergunta. Nos EUA perguntaram aos cidadãos de Chicago se querem. Ficou quase empatado. Têm consciência, eles, de que é caro demais para o benefício que traz. Aqui, ao contrário, os empreiteiros estão bem conscientes: terão benefícios demais, perto do custo que será para a população...