terça-feira, 25 de junho de 2013

Minha visão do clamor da ruas

Revoluções já foram feitas com espada, com fuzil, com jornal, com rádio e com televisão. Agora está em curso a revolução da internet, e mais precisamente, do Facebook. Nem Mark Zuckerberg suspeitava disso. 

O curioso é o que o país deu um basta múltiplo. Basta de corrupção, basta de falcatruas, basta de gastos públicos beneficiando particulares, basta de dinheiro público mal investido, basta de caos no trânsito, basta de concessões enriquecerem o bolso privado.

E engana-se quem acredita que este basta foi modismo, foi de gente de cabeça vazia, de barbudos e nerds que não tem coragem de sair às ruas. Testemunhei, aqui na minha comarca (42mil habitantes), aproximadamente duas mil pessoas cantando juntos o hino nacional, em prol de um país melhor. Isso dá aproximadamente 5% da população. Se fosse São Paulo, a mesma proporção daria mais de 750 mil pessoas! Fui tímido, com meu cartaz contra a PEC 37, e lá me surpreendi com faixas, com banners, com cartazes imensos, escritos à mão com o capricho de quem se arruma para sair de casa a uma festa: a festa da democracia. 

É gente inteligente, culta, com estudo, leitura; jovens de 20 e de 80 anos, todos preocupados com o futuro do país, com o que vão encontrar daqui a um quarto ou daqui a meio século anos em suas cidades. Trânsito caótico ou transporte coletivo de primeira? Corruptos no poder ou verdadeiros administradores públicos? Política do jeitinho, do favor, do apadrinhamento, ou política séria, de ideias, de propostas, de visão de futuro? 

Me emocionei. E fiquei, como muitos, orgulhoso de ser brasileiro, de ser catarinense, de ser promotor e de também estar dividindo aqueles passos com Cidadãos, com letra maiúscula mesmo, aqueles pelos quais trabalho diariamente, com os ombros pesados pela responsabilidade do cargo, mas feliz por saber que contribuo para que este pequeno-grande pedaço do Brasil seja um pouco melhor.