Quanto mais ouço falar no Código Ambiental catarinense mais fico intrigado. Os defensores, um deles, pelo menos, diz que vai melhorar muito para o agricultor, que vai ser a salvação das propriedades, que se não fosse o Código Ambiental só sobraria 20% da área aproveitável em Santa Catarina.
Fui pesquisar os patrocinadores de campanha desses árduos defensores. Qualquer um pode ver, no site Às Claras. É só colocar o nome do político lá. Frigoríficos e empresas de celulose. Cresceu minha suspeita.
Como foi aprovado o Código? Uma montoeira de agricultores que nunca tinham viajado nem 50km para reclamar do órgão ambiental, pela lentidão nas licenças, agora conseguiu transporte e foi pra Florianópolis (600km). Todo mundo unido na frente da Assembleia Legislativa. Quem pagou? Não sei, mas posso arriscar... Massa de manobra, muitos disseram. Não duvido.
As audiências públicas durante a discussão do Código: outra assombrosa constatação. Num debate que participei em Chapecó, uma ouvinte, indignada, acusou: “vocês só usaram o Código Ambiental e as audiências públicas como palanque eleitoral, e com o dinheiro público!”. Palmas na plateia; silêncio na mesa.
Pesquisei mais. Santa Catarina é o quinto maior produtor agrícola do país, e isso com uma das menores e mais recortadas áreas de cultivo. Será que, se a legislação estivesse mesmo tão errada, estaríamos mesmo entre os cinco maiores?
Mas a pergunta que mais me faço é: por que estes árduos defensores dos agricultores não pensam em soluções efetivas para a agricultura? Todo mundo sabe que uma área de preservação maior ou menor não é o real problema. O sistema explorador destroi muito mais, mas contra ele os defensores não lutam. O sistema de integração, que na verdade explora o produtor sem dar-lhe chance de escolha, destroi muito mais, mas contra eles não é tão árdua a defesa. Contra os baixos pisos salariais, que destroem muito mais, a defesa não é tão árdua.
Só lutam para ficar bem na foto. E talvez para não perderem o patrocínio das campanhas...
Acho que entendi e é melhor parar por aqui.
Fui pesquisar os patrocinadores de campanha desses árduos defensores. Qualquer um pode ver, no site Às Claras. É só colocar o nome do político lá. Frigoríficos e empresas de celulose. Cresceu minha suspeita.
Como foi aprovado o Código? Uma montoeira de agricultores que nunca tinham viajado nem 50km para reclamar do órgão ambiental, pela lentidão nas licenças, agora conseguiu transporte e foi pra Florianópolis (600km). Todo mundo unido na frente da Assembleia Legislativa. Quem pagou? Não sei, mas posso arriscar... Massa de manobra, muitos disseram. Não duvido.
As audiências públicas durante a discussão do Código: outra assombrosa constatação. Num debate que participei em Chapecó, uma ouvinte, indignada, acusou: “vocês só usaram o Código Ambiental e as audiências públicas como palanque eleitoral, e com o dinheiro público!”. Palmas na plateia; silêncio na mesa.
Pesquisei mais. Santa Catarina é o quinto maior produtor agrícola do país, e isso com uma das menores e mais recortadas áreas de cultivo. Será que, se a legislação estivesse mesmo tão errada, estaríamos mesmo entre os cinco maiores?
Mas a pergunta que mais me faço é: por que estes árduos defensores dos agricultores não pensam em soluções efetivas para a agricultura? Todo mundo sabe que uma área de preservação maior ou menor não é o real problema. O sistema explorador destroi muito mais, mas contra ele os defensores não lutam. O sistema de integração, que na verdade explora o produtor sem dar-lhe chance de escolha, destroi muito mais, mas contra eles não é tão árdua a defesa. Contra os baixos pisos salariais, que destroem muito mais, a defesa não é tão árdua.
Só lutam para ficar bem na foto. E talvez para não perderem o patrocínio das campanhas...
Acho que entendi e é melhor parar por aqui.
