segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estou farto do jurista copilador


Estou farto de uma justiça pré-estabelecida,

Da sentença bem “comportada”,

Da decisão copilada do compêndio de jurisprudências com variações mil e palavras medidas para referendar o Sr. Desembargador.

Estou farto de entraves processuais que impedem uma decisão de mérito e que poderia dizer as partes qual o direito.

Abaixo os juristas!

Todos os latinórios, sobretudo os aforismos impessoais.

Todas as expressões, sobretudo a práxis do não.

Todos os ritos, sobretudo os variáveis.

Estou farto do jurista copilador, carreirista, não crítico, sincrético.

De toda justiça que bajula, adula, e não requer o que seja de interesse da justiça.

De resto não é justiça.

Será solução matemática para pilhas de processos, cujas partes ainda sonham com o ideal de justiça, sem modelos de decisões e as mesmas para não contrariar os juízos superiores.

Quero antes a justiça dos ingênuos e indigentes.

A justiça dos convalescentes.

A dura (in)justiça regente aos convalescentes, a justiça dos justos como de Dom Hélder Câmara

- Não quero saber de justiça que não seja libertação.

(Justiça ética, Denival Francisco da Silva, Juiz em Goiânia, autor do livro “Poemas iniciais em forma e contestação”), retirado do Blog da Michele Larissa.