Estou farto de uma justiça pré-estabelecida,
Da sentença bem “comportada”,
Da decisão copilada do compêndio de jurisprudências com variações mil e palavras medidas para referendar o Sr. Desembargador.
Estou farto de entraves processuais que impedem uma decisão de mérito e que poderia dizer as partes qual o direito.
Abaixo os juristas!
Todos os latinórios, sobretudo os aforismos impessoais.
Todas as expressões, sobretudo a práxis do não.
Todos os ritos, sobretudo os variáveis.
Estou farto do jurista copilador, carreirista, não crítico, sincrético.
De toda justiça que bajula, adula, e não requer o que seja de interesse da justiça.
De resto não é justiça.
Será solução matemática para pilhas de processos, cujas partes ainda sonham com o ideal de justiça, sem modelos de decisões e as mesmas para não contrariar os juízos superiores.
Quero antes a justiça dos ingênuos e indigentes.
A justiça dos convalescentes.
A dura (in)justiça regente aos convalescentes, a justiça dos justos como de Dom Hélder Câmara
- Não quero saber de justiça que não seja libertação.
(Justiça ética, Denival Francisco da Silva, Juiz em Goiânia, autor do livro “Poemas iniciais em forma e contestação”), retirado do Blog da Michele Larissa.
(Justiça ética, Denival Francisco da Silva, Juiz em Goiânia, autor do livro “Poemas iniciais em forma e contestação”), retirado do Blog da Michele Larissa.